O projeto
Você sabia que mais da metade do oxigênio que respiramos é fornecido por oceanos e mares?
Eles cobrem 70% do globo terrestre, regulam o clima, proporcionam energia, alimento, lazer, transporte e renda. Mas não temos cuidado muito bem deles.
Você sabia que mais da metade do oxigênio que respiramos é fornecido por oceanos e mares?
Eles cobrem 70% do globo terrestre, regulam o clima, proporcionam energia, alimento, lazer, transporte e renda. Mas não temos cuidado muito bem deles.
O projeto nasce da vontade de sair do ambiente científico e trazer outra visão sobre a degradação dos oceanos e os impactos no cotidiano das pessoas. O ponto de partida foi convidar dois fotógrafos do coletivo Favelagrafia a olhar para a degradação e poluição marinha em seus entornos. Com câmera nas mãos, olhos atentos e ouvidos abertos, Josiane Santana e Saulo Nicolai registraram imagens e colheram histórias no Complexo do Alemão, Morro da Providência, Praia de Ramos, bairro da Penha e Ilha do Governador.
Encontraram casas construídas à beira de canais, mangues transbordando sujeira, amontoados de lixo trazido pela maré, o lazer em um piscinão ao lado da praia imprópria, o excesso de embarcações na Baía de Guanabara, entre muitas outras cenas.
Conheceram Dona Jura, que, apesar da proximidade do mar, precisa caminhar mais de uma hora para se banhar. E ainda pescadores nostálgicos lembrando tempos de fartos cardumes.
O encerramento dessa jornada acontece com um sopro de esperança. Uma visita à Área de Proteção Ambiental de Guapimirim (APA) desnuda a paisagem intocada de natureza exuberante. Bem ali, na Baía de Guanabara, com direito à presença de um grupo de botos. E aqui, vale uma curiosidade sobre o nome do projeto: no meio acadêmico, os animais marinhos representam a figura de sentinela – dão sinais sobre as mudanças ambientais, como a poluição. Foco de estudo do Maqua (Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Uerj), o boto-cinza foi escolhido para apresentar essa história a você!
Vídeo
Os fotógrafos
JosianeSantana
Formada em jornalismo, Josi fez um curso de fotografia em 2013, no espaço Nave do Conhecimento, projeto social baseado no Complexo do Alemão, onde nasceu e cresceu. Dedica-se a mostrar a vida nas comunidades longe do estereótipo noticiado nos jornais. Com o coletivo Favelagrafia, em um trabalho mais artístico, ganhou prêmio internacional.
SauloNicolai
Artista visual, fotógrafo e cineasta, nascido e criado no Morro do Fogueteiro, Saulo fez seu primeiro mergulho na fotografia aos 18 anos, e já expôs em galerias de Nova York, Rio e São Paulo. Integra o premiado coletivo Favelagrafia (dois leões de bronze no festival Cannes 2017) e traz em seu trabalho reflexões sobre a população de guetos.